A Grande Importância das “Listas de Verificação de Não Afazeres”

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Apesar de me custar a admitir, eu acredito que posso ser ou que posso ter tudo aquilo que quero na vida, mas… não o posso ser ou ter ao mesmo tempo. Com o meu passado de fazer multitarefas, eu apercebi-me de que, para me poder dedicar a alguns projetos e atividades, preciso de ser capaz de pôr de lado algumas coisas para poder cumprir outros objetivos. Porque apesar de tudo, é uma questão de escolha.

Mas como é que se faz essa gestão de tempo-esforço? E como é que eu posso calcular o lucro em termos de diversão? Para responder a estas questões, decidi parar com as tretas e parar de desperdiçar tempo com distrações desnecessárias. Coisas que por uma razão ou outra não são importantes e provavelmente nem são uma emergência. Soa bem, certo?

Bem, após pensar por um pouco, apercebi-me de que toda a gente faz os seus “afazeres de hoje”, mas ninguém faz os seus “não afazeres de hoje”. Ao analisar as minhas próprias prioridades e valores, eu decidi criar uma lista de coisas que não queria ou não deveria fazer. Todas essas coisas seguiam o mesmo caminho: elas desmotivavam-me e não me traziam nada de bom para a vida.

Por isso eu decidi dar um passo em frente e criar a minha primeiríssima “Lista de Verificação de Não Afazeres”. Como sempre, foi uma iteração imensa e neste momento posso contar algumas versões. Da primeira vez que o fiz, fui egoísta e tentei concentrar-me em tarefas que sugavam a minha energia. Depois, comecei a pensar nas pessoas à minha volta: o que é que eu lhes poderia dar se tivesse mais tempo? E quais seriam as consequências para eles se eu parasse de fazer aquilo que eu não gostava?

Conclusão: Não fui capaz de remover todas as tarefas aborrecidas da minha vida, mas consegui reduzi-las e, pelo menos, perceber a sua verdadeira importância. Pouco depois também percebi que estava a gastar três horas por semana, nas quais não fazia nada de útil e interessante. Por isso a matemática estava feita e eu percebi que estava a gastar seis dias do ano a fazer coisas que não tinham interesse nenhum. Dito de outra forma, eu estava a perder dias da minha vida em coisas que não eram assim tão valiosas ou interessantes.

Após a minha experiência, eu acredito agora que aquilo de que não gostamos vai estar lá sempre à nossa espera. Apesar disso, nós temos a escolha (ou pelo menos podemos tentar) de as remover da lista diária ou semanal de “Afazeres”. Se não tens a certeza sobre isso, cria o teu próprio teste: deixa as coisas por fazer durante uma semana ou assim e depois vê se há quaisquer grandes repercussões. De uma coisa temos a certeza: se nunca o tentares, nunca irás saber.

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