Morte

Tempo de leitura: 3 minutos

Eu agora digo que sou surfista.
O meu ego anima-se pelo lifestyle que esta frase traz quando sai da minha boca.
Agora, dizer isto implica grandes responsabilidades.
Como diria o Tio Ben “With great power, comes great responsibility”. Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.
Por isso, para não correr o risco de ser visto como uma fraude no mundo do surf sou um ativo seguidor da Fuel TV. “Swell”, “Tubo” e “Takeoff” são as novas palavras que uso com muita frequência…
Num dos muitos documentários magníficos que passam na Fuel TV descobri um dos grandes animais do surf. De seu nome, Mick Fanning. O documentário tinha como nome: What Lies Beneath – The Mick Fanning Story
Link para assitir ao video: https://vimeo.com/189571954
Claro que o conteúdo do documentário era bibliográfico e com o sub-tema central, o surf.
No final do documentário, o que mais intuía nos meus pensamentos era, dos 25 minutos de documentário, o pensamento Morte. E assim surge a consciência emocional da mortalidade.
Facto, vais morrer.
Eu também vou. Se quiseres usar uma linguagem oriental, vais mudar de estado, é um facto. E por isso já não estamos ocupados a nascer. Passamos o tempo ocupados a morrer.
Eu tenho uma consciência precoce da morte. E, é um facto, que quando me revejo neste tipo de conteúdos, tudo fica mais simples, mais claro.
Digo muitas vezes que já sabemos o que fazer. Que já sabemos a verdade. Aliás, sabemos sempre a verdade. Interessante colocar-nos na perspetiva – Vais morrer daqui a 6 meses. E agora? Tudo muda, certo? Quero acreditar que quando vemos a morte de perto pensamos em todas as coisas que ainda não fizemos.
Emocionalmente, quanto mais conscientes estivermos da nossa própria mortalidade, tanto mais nos sentiremos impelidos a viver uma vida orientada para estados maiores do que nós. A sermos nós próprios. A criar mais.

Por isso, a morte é o melhor de todos os professores. Também por isso, talvez o mais difícil de aceitar. No final da nossa vida, se o soubermos, todos nós, seres vivos, não esperamos que a morte nos espreite para refletirmos sobre o que realmente interessa. As preocupações comuns simplesmente desaparecem do mapa. E assim se dá a realização de que não conseguimos ser outra coisa se não nós próprios.

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