Zero Notificações

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A culpa é minha. Claro.

É muito difícil nomear o que é importante e urgente, importante mas não urgente, urgente mas não importante e não urgente não importante. É super difícil.

Cada vez mais tento que a minha vida tenha menos reuniões, e que estas sejam curtas. Numa delas, curta por sinal, reparei que de dois em dois minutos olhava para o iPad constantemente. Porquê? Não paravam de chegar notificações de aplicações e eu não parava de olhar e perceber o que elas significavam. A minha reunião já era curta, e eu estava mais focado na porcaria das notificações, ao invés de tornar a minha reunião que já era curta e produtiva, ainda mais produtiva.

Qual era o problema? Eu não tinha definido o que era importante e urgente, importante mas não urgente, urgente mas não importante e não urgente não importante. A reunião era importante e urgente e as notificações eram não urgentes e não importantes.

As notificações criam uma sensação de urgência à volta de algo que acaba por não ser importante, de todo. Eu não preciso de saber de imediato que alguém fez retweet ao meu tweet. Comecei a perceber que uma alteração mínima teria um impacto enorme.

“Há dois tipos de pessoas: Uma quer controlar o seu ambiente, a outra, luta para evitar que o seu ambiente o controle a ele. Eu gosto de controlar o meu ambiente.” – George Carlin

Aquilo que me agrada mais, ao desligar todas as notificações, é que agora sou eu que decido quando consulto o meu email, Twitter, LinkedIn, Quora, etc. E tudo o que acontece, acontece por minha culpa. E parece estranho, mas adoro essa sensação. Era culpa minha o facto de receber notificações, e ao controlar essa parte do meu ambiente, tudo é mais nítido. E agora que é culpa minha, eu posso trabalhar em mim mesmo, no sentido de melhorar, e verificar essas notificações menos vezes.

Eu recomendo vivamente que o tentes fazer.

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